quarta-feira, 30 de março de 2011

Confrades da Poesia - Boletim Nr 35 já disponível por download

Prezados, Confrades e Amigos


Podem fazer o download do Boletim Nr 35 já em online...


MENU ; BOLETINS ;


Faça a sua escolha!



Com os nossos cumprimentos poéticos


A Direcção Pinhal Dias e Conceição Tomé





HOJE, QUARTA-FEIRA, OUÇA O PROGRAMA FALAR POESIA NA RÁDIO RAIZONLINE

HOJE, QUARTA-FEIRA, OUÇA O PROGRAMA FALAR POESIA NA RÁDIO RAIZONLINE


Esta quarta-feira,das 23H00 á 01H00 /Hora de Portugal, ouça o meu programa FALAR POESIA, na Rádio Raizonline, clicando em: http://www.raizonline.com/radio/


DIVULGAÇÃO DO NOVO GRUPO RAIZONLINE NO FACEBOOK,


COM PARTICIPAÇÕES DOS POETAS:


MARIA CUSTÓDIA PEREIRA, FRANCIS RAPOSO FERREIRA, ODETE NAZÁRIO,


AMÁLIA FAUSTINO MENDES, LILIANA JOSUÉ E SANDRA FAYAD COM POEMAS SOBRE A PRIMAVERA E A POESIA!


CONTINUAÇÃO DA DIVULGAÇÃO DOS POETAS GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA E MARIA DA FONSECA.


OUÇA TAMBÉM A NOVA RÚBRICA "AMIGA ARLETE" COM PARTICIPAÇÃO DE LEO MARQUES


TODAS AS QUARTAS-FEIRAS FAZEMOS DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS DE POESIA E MÚSICA.



MANDE TAMBÉM O SEU!


Nota: Para verificar as horas na sua cidade, favor consultar aqui no MAPA e achar as diferenças horárias em relação a Lisboa.


Arlete Piedade http://www.raizonline.com/radio/


OUVINDO A MAGDA na RAIZONLINE




4ª Feira 30 de Março de 2011


"GNOMEU E JULIETA"


De Portugal para os cinco cantos do mundo, à distância de um só click, todas as quartas-feiras, das 21h às 23h, desfrute de música e poesia, escolhida por mim, a pensar em si


Temas musicais:


Elton John


Paulo Gonzo


Caetano Veloso


Bruna Caram


Desperte os cinco sentidos...Ouvindo a Magda


Fique atento e não perca o programa de hoje


das 21h às 23h (hora portuguesa)


outros países ver aqui


na que já é a sua rádio, na RADIO RAIZONLINE


http://www.raizonline.com/radio/



Obrigada,


Magda Graça

sexta-feira, 25 de março de 2011

Comemorações do Dia Mundial da Poesia na Rádio Raizonline

Comemoração do Dia Mundial da Poesia, no Jornal e na Rádio RAIZONLINE


PODE OUVIR este e outros poemas sobre o Dia Mundial da Poesia, na Rádio RAIZONLINE, no meu programa FALAR POESIA

na sexta - feira 25 de Março das 22 h á 24 h

acessando aqui: http://www.raizonline.com/radio/

(Confira neste MAPA, as horas no seu país e cidade).



O que é a Poesia!

Poesia é sentir cá dentro uma mensagem pungente

que tem que ser libertada em palavras de emoção

ofertada ao mundo sem nada esperar! Somente...

o preito do reconhecimento, e a oferta da paixão!

Poesia é ser portadora da arma certa para combater

metralhadora com balas compostas de tinta e papel

a indignação como mola de arremesso ! E assim fazer

a revolução pelo Mundo! Como nova Torre de Babel!

Tantas as línguas quantas as necessárias à mensagem

que o poeta tem que ser das palavras, o transmissor

lançadas sobre o planeta, arremessadas com coragem!

Poetas de todo mundo , união não deve ser miragem

temos que usar na salvação da Terra, a força do amor

ou o futuro de nossos filhos será sugado pela voragem!

Arlete Piedade

ENTRETANTO PODE LER TODOS OS POEMAS NO JORNAL RAIZONLINE ACESSANDO AQUI:

Desejo a todos um Feliz Dia da Poesia com muita inspiração e amizade!

Arlete Piedade

Secretária e Relações com Colaboradores

http://www.raizonline.com

Sony apresenta "Corrigindo Beethoven" como filme do mês

Televisão

Sony apresenta "Corrigindo Beethoven" como filme do mês

"Corrigindo Beethoven" é o filme do mês na programação de cinema do Sony e que será apresentado pelas 21:45 de 26 de Março.
A jovem Anna Holz, interpretada por Diane Kruger, uma estudante no Conservatório de Música de Viena, é convocada para comparecer nos escritórios de Herr Schlemmer, o editor de Beethoven.
A sua Nona Sinfonia está quase a estrear e Schlemmer, que está a morrer com cancro, precisa de ajuda para transcrever as partituras.
Anna aceita, apesar do aviso de que Beethoven, uma magnífica interpretação de Ed Harris, é um monstro.
Enquanto o seu trabalho de copiar a música de Beethoven prossegue, Anna é arrastada para o mundo tempestuoso e inspirado do maestro. Ela vê a sua colaboração como uma oportunidade para provar o seu talento como compositora; ele vislumbra nela uma alma pura que pode ajudá-lo a compreender a culminação da sua arte, a criação da mais sublime e espiritual música alguma vez escrita…
Um filme de Agnieszka Holland que conta com as interpretações de Ed Harris, Diane Kruger, Matthew Goode, Angus Barnett e que passa sábado 26 de Março, pelas 21:45 no canal Sony.



Francisco Pinto de Sousa


Quarteto Lopes-Graça toca em Évora

Concertos

Quarteto Lopes-Graça toca em Évora

O concerto previsto para as 18:30 é antecedido, às 14:30, por um ensaio aberto–conferência pelo quarteto em que a temática será a música portuguesa e a experiência de trabalho com os compositores do Quarteto Lopes-Graça, segundo uma nota da Associação Eborae Mvsica, um dos promotores do Festival.
Constituem o Quarteto Lopes-Graça Luís Pacheco Cunha e Anne Victorino d'Almeida (violinos), Isabel Pimentel (violeta) e Catherine Strynckx (violoncelo).
As peças criadas por encomenda do Festival e que no seu âmbito tiveram já estreia mundial, são "Quarteto de Arcos", de Anne Victorino d'Almeida, "Quarteto de Cordas", de Jorge Costa Pinto, e "Prelúdio à Sesta das Cigarras", de Amílcar Vasques-Dias.
Completa o programa do concerto, "Quarteto de Cordas", composto em 1910 por Luís de Freitas Branco.
Iniciado em Novembro passado, precisamente no Convento dos Remédios, o festival "é cem por cento português e visa conciliar o público com a produção contemporânea da música de câmara", disse Alejandro Erlich-Oliva, um dos músicos da organização.
Erlich-Oliva citou os compositores Luís Freitas Branco, Fernando Lopes-Graça, Alfredo Keil e Joly Braga Santos, como "os grandes mestres orientadores do festival".
O CriaSons tem um orçamento de 40.000 euros, revelou à Lusa o violinista Luís Pacheco Cunha, que integra a organização.
O violinista afirmou ainda que este festival "trava duas frentes de batalha: cativar o público e sensibilizá-lo para a excelência da composição contemporânea portuguesa", entendendo esta "não só exclusivamente do ponto de vista estético, mas porque são compositores vivos".
O Festival já passou por Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Pombal, Lisboa, Funchal e Évora.
(ES)



Vêm aí os Oscars lusitanos

Cinema

Vêm aí os Oscars lusitanos

A futura Academia Portuguesa de Artes e Ciências Cinematográficas, que deverá ficar formalizada entre finais de Abril e começo de Maio, pretende aproximar o cinema português do público, premiar a produção nacional e promover estudos e trabalhos sobre o sector.
"É também um voto de confiança no cinema português e que os agentes estejam mais unidos do que separados", explicou o produtor Paulo Trancoso, que acalentava há vários anos a ideia de criação de uma academia.
Portugal dá assim os primeiros passos para constituir uma organização que já existe em países como os Estados Unidos, Reino Unido, França e Espanha, que atribui prémios às produções anuais que são estreadas no país, atribuindo Óscares, BAFTAs, Césares e Goyas, respectivamente.
Até ao momento a academia tem cerca de 150 inscrições para futuros membros, como Manoel de Oliveira, Maria de Medeiros e Joaquim de Almeida, assim como agentes de todas as áreas do sector - do guarda-roupa ao técnico de som - e espera atingir os 200 para avançar com uma assembleia constituinte e aprovar os estatutos.
A Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas será uma associação cultural sem fins lucrativos para promover o cinema português dentro e fora de portas.
"Queremos que o público se reveja no seu cinema e que os profissionais sejam reconhecidos", sublinhou Paulo Trancoso.
Em 2012 já deverão ser atribuídos os primeiros prémios da academia, mas o nome oficial do galardão está ainda em discussão.
(ES)


Caminhos para a Animação "animado" depois de reunião com o ICA

Cinema

Caminhos para a Animação "animado" depois de reunião com o ICA

Surgido em 2009, o movimento Caminho para a Animação em Portugal visa defender um cenário de sustentabilidade e futuro para o sector da animação em Portugal, impondo-se como um factor de desenvolvimento e gerador de riqueza no seio das indústrias culturais e criativas.

A Carta Estratégia, que concentra todas estas premissas e que foi entregue no ICA, é o resultado de um trabalho de mais de quinze meses de um grupo de pessoas que fez um levantamneto da situação e apresenta propostas de solução.

Afirmaram que não é o dinheiro que está em causa mas sim o reconhecimento de que este sector da cinematografia merece como arte que nos leva a festivais no estrangeiro como é o caso do Festival de Annecy, onde Portugal está representado.

Os representantes deste movimento acreditam que o diálogo vai continuar pois algumas das suas premissas poderão ser inscritas na Lei do Cinema em preparação.
E o cinema de animação português aguarda.



Zita Ferreira Braga


Câmara de Fornos de Algodres pede vigilância popular pelo patrimóno

Cultura Outros

Câmara de Fornos de Algodres pede vigilância popular pelo patrimóno

O alerta da Câmara de Fornos de Algodres foi feito após o registo de danos na estrutura do Dólmen de Cortiçô, monumento classificado como imóvel de interesse público, que integra o roteiro arqueológico da autarquia beirã, recentemente utilizado como "forno" para derreter o revestimento de fios de cobre alegadamente roubados.
"Estamos a alertar as populações para que, quando derem conta de alguns movimentos estranhos junto dos sítios arqueológicos, informem de imediato a autarquia e as autoridades", disse à Lusa Álvaro Melo, chefe de gabinete do presidente da Câmara de Fornos de Algodres.
O responsável adiantou que o arqueólogo da autarquia, António Valera, já elaborou um relatório dos danos causados no monumento, que foi enviado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e à direção regional de Cultura do Centro.
Logo após a ocorrência, a Câmara de Fornos de Algodres também apresentou queixa na GNR "contra desconhecidos", disse.
No relatório, o arqueólogo António Valera refere que o Dólmen de Cortiçô foi sujeito a uma acção de vandalismo "no decorrer da qual foi substancialmente queimado".
"Alguns esteios apresentam-se bastante queimados e enegrecidos pelo fogo e fumo", acrescenta, frisando que "do que foi possível verificar, parece não haver danos estruturais que ponham em causa a estabilidade do conjunto arquitetónico".
Contudo, sustenta que "o enegrecimento e fuligem podem mascarar alguma fissura, pelo que uma avaliação final da estabilidade do monumento só poderá ser feita após a respetiva limpeza".
"No interior da câmara, as temperaturas atingidas provocaram o lascamento e destacamento das superfícies internas de alguns esteios, nomeadamente dos que ainda apresentavam restos de pinturas [neolíticas] a vermelho, as quais foram irremediavelmente afetadas", descreve António Valera no relatório a que a Lusa teve acesso.
O arqueólogo propõe a limpeza dos esteios do monumento, para que possa ser feita a avaliação final do estado de conservação, sugerindo que a operação seja executada por um especialista em conservação e restauro.
O chefe de gabinete do presidente da Câmara de Fornos de Algodres considera que o dólmen, por ser classificado, terá que ser intervencionado pelo IGESPAR, mas a Câmara Municipal está disponível "para ajudar".
O Dólmen de Cortiçô integra o roteiro arqueológico de Fornos de Algodres, que também contempla o Dólmen de Matança, o Castro de Santiago, a Fraga da Pena, a Necrópole das Forcadas e a Ara de Infías.
(ES)



quinta-feira, 24 de março de 2011

SOM DAS PALAVRAS - Retransmissão Hoje 5ª feira 24 de Março das 19 horas às 22h




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Não gosto de nada

Clube das Histórias
Projecto: Abrir as portas ao sonho e à reflexão
___________________________________
* Não gosto de nada!*
Cena 1
(Na cozinha. Bater de loiça. A Mãe, contente, canta ou assobia. Barulho de portas. Passos.)
Jacob – Mãe! Cá estou eu! E com uma destas fomes!
Mãe – Óptimo, Jacob. Estou agora mesmo a preparar um pão.
Jacob – A Catarina veio comigo. E também está com fome. Eu disse-lhe que tinhas comprado torresmos.
Mãe – Catarina, onde é que te meteste? Entra!
Catarina – Viva, D. Mariana.
Mãe – Olá, Catarina, fica à vontade. Sentem-se. Querem chá com sumo de laranja?
Catarina – Obrigada.
Jacob – Espera, Catarina, eu sirvo-te.
Catarina – Não está nada mau este pão com torresmo.
Mãe – Foi divertido no parque?
CriançasMhm-mhm.
Mãe (A rir.) – Vocês empanturram-secomo se não comessem nada há dias. Estão a abrir-me o apetite. Vou fazer um pão para mim. Pronto, já está. Vêm cheios de calor, meninos. Andaram a correr?
Jacob – Primeiro fizemos de Índios. Depois, de artistas de circo ao pé do Toni… Depois, fizemos também de extraterrestres verdes que conseguiam cheirar tudo, principalmente torresmos. O Rudi também estava. Quis trazê-lo, mas ele diz que os torresmos são muito gordurosos
Mãe – Não é nada bom para a linha… Mesmo assim, quem quer mais?
Catarina – Eu, por favor.
Jacob – Eu também.
Mãe – E eu também… O Carlitos esteve lá?
Catarina – Não. Ele é muito aborrecido.
Jacob – Com ele não se pode fazer nada.
Mãe – Por ser aborrecido?
Jacob – Nem imaginas como ele é! Não gosta de nada.
Mãe – Não gosta de nada? Foi ele que disse isso?
Jacob – "Não gosto disto, não gosto daquilo…".
Catarina – O Carlitos é tão… diferente, sabe, D. Mariana. Ou se gaba tanto, que só de o ouvirmos até nos massacra os ouvidos, ou então está aborrecido e não quer participar em nada. Fica sentado a dizer: "Não gosto de nada disso".
Mãe – E quando ele conversa, o que é que diz?
Jacob – Oh, tudo e mais alguma coisa. Quanto é que o pai ganha, para onde é que vão nas férias, que já foi aos esquimós ou lá onde foi, quantos CDs é que já tem…
Catarina – 38…
Jacob – E que pode ver na televisão todos os filmes policiais que quer…
Mãe – Hum…
Catarina – E que nós somos uns coitados porque não podemos. Na turma, já ninguém lhe liga. Por ele ser tão parvo, a Susi até já disse que nunca mais o deixa copiar por ela. E que também nunca mais lhe vai dizer as respostas.
Jacob – Na escola, anda sempre a fazer asneiras e depois a Professora chama a mãe. Mas ela zanga-se de cada vez que tem de lá ir, porque perde um dia no escritório…
Catarina – Ele está a ficar cada vez pior. A única coisa que consegue fazer é o pino! É o único de nós todos. É capaz de fazer o pino e ficar a andar às voltas. Claro que faz isso quando e onde lhe apetece. A Susi sugeriu que, quando ele voltasse a fazer o pino, nós devíamos combinar e olhar todos para o outro lado.
Mãe – Então não me admira nada, coitado do rapaz. Se ninguém gosta dele, como é que ele há-de andar contente?
Jacob – Vamos passar a andar atrás dele? Mãe, eu já não o aguento! Prefiro outra pessoa qualquer. Até prefiro o Toni, embora ele só consiga dizer ããããã… (Catarina ri baixinho.)
Mãe – Jacob!
Jacob – Não digo isto por mal. Eu gosto do Toni. Mas, pronto, ele só faz ããããã
Mãe – O Toni é uma criança deficiente, e não consegue falar como uma criança normal.
Catarina – Mas nós agora já sabemos o que ele quer dizer com ããã. Ele di-lo de diferentes formas. Hoje, quando representávamos o circo, ele acenou com a cabeça e gritou ããã e descobrimos que ele queria dizer "Outra vez!".
Jacob – Isso foi quando o Rudi fez de leão e tu de domadora.
Catarina – É! Esse foi o número que mais divertiu hoje o Toni.
Mãe – Então vocês… Vocês brincam ao circo para o Toni?
Jacob – Achas esquisito?
Mãe (Apressadamente.) – Não, não. É que eu pensava que vocês o visitavam apenas de vez em quando e que só brincassem e falassem com ele. Mas fazerem circo…
Jacob – É difícil brincar com ele, porque ele tem de estar sempre no carrinho e não pode fazer nada. No fim de cada número, bate palmas. Foi a Susi que lhe ensinou. E às vezes agarra uma bola, quer dizer, atira-se a bola mesmo para o colo dele e depois ele agarra-a. Atirar a bola é que já não é capaz de fazer.
Mãe – Sabes porque é que eu primeiro me admirei que vocês fizessem coisas engraçadas em frente de uma criança deficiente, incapaz de andar e de correr? É que o Toni nunca há-de conseguir fazer isso.
Jacob – Mas ele gosta de ver. Se não, não se ria. Quando vê, diverte-se. Rir ele sabe.
Catarina – A princípio, a porteira do prédio ralhou connosco. Viu-nos através da janela do pátio e indignou-se por sermos insensíveis e fazermos coisas diante do Toni que ele, coitado, não consegue fazer. Nós ficámos muito assustados e queríamos ir embora, mas o Toni começou a choramingar e a mãe do Toni veio logo a correr cá abaixo e ouviu tudo. Fez festas ao Toni e disse: " – Oh, eu, por exemplo, não sei tocar trompete, mas fico contente quando alguém toca para mim. Continuem com o vosso circo. Eu fico contente quando o Toni se diverte."
Jacob – Ele fica mesmo contente, por isso é que gostamos tanto de ir lá. Porque ele gosta. O Rudi anda agora a treinar um número de cambalhotas.
Catarina – E a Susi, outro com bolas.
Mãe – O Carlitos não ficaria bem no vosso programa, já que sabe fazer o pino? … (Pequena pausa.) Ah?
Catarina – Bem…
Jacob – Primeiro, teríamos de lhe perguntar se ele queria mesmo vir…
Catarina – Seria uma boa oportunidade para ele se exibir…
Mãe – Teria principalmente uma oportunidade de dar uma grande alegria ao Toni! Gostava depois de ver se ele ainda diria: "Não gosto de nada!" Aquele que se sente útil e que dá uma alegria a outro decerto já não pode dizer: "Não gosto de nada!"
Catarina – Bem, não sei se o Carlitos vai deixar que o levemos até lá…
Mãe – Então, e se vocês precisassem mesmo dele?
Jacob – Será que ele vai acreditar que precisamos mesmo dele? Da maneira como nos temos portado com ele até agora…
Mãe – Jacob, vou dizer-te uma coisa, uma coisa difícil de compreender. E a ti também o digo, Cati. Quando alguém não gosta de nada – não interessa se é uma criança ou um adulto – quando alguém diz que não gosta de nada, isso é um grito de socorro. É alguém que pede socorro dessa maneira por se sentir mal. É ainda muito pior do que o Toni no seu carrinho, já que o Toni consegue alegrar-se com alguma coisa e é capaz de o demonstrar. Dessa forma, ele também vos dá alegria. Não é verdade que, quando o Toni fica contente, isso também vos faz felizes?
Crianças – Pois faz!!
Mãe – Quando o Carlitos diz: "Não gosto de nada!" está a querer dizer-vos: "Ajudai-me, por favor. Estou triste porque ninguém precisa de mim. Ninguém olha para mim." Se vocês precisarem do Carlitos, se ele tiver a oportunidade de proporcionar alegria a outra pessoa, ele vai mudar. Não imediatamente, mas com o tempo. Não há-de precisar mais de se exibir nem de aborrecer os outros. Vai tornar-se diferente. Mas têm de ter paciência com ele. Eu, no vosso lugar, tentava.
Jacob – Mesmo que ele no início seja arrogante?
Mãe – Mesmo assim! Têm de arriscar. E não dar muita importância a isso.
Catarina – Eu faço-te sinal, Jacob, quando o Carlitos estiver a ser arrogante. Assim, não precisas de te zangar.
Mãe – Tens uma boa amiga, Jacob! (Catarina ri baixinho.)
Jacob – Bem, podemos tentar…
Cena 2
(Recreio da escola. Barulho do intervalo. Campainha.)
Jacob – Bem, Carlitos, fica combinado. Hoje vens connosco ao Toni.
Carlitos – Não! Acho que não vou gostar.
Catarina – Se vais gostar ou não, isso não interessa agora. Tens de vir, porque nós precisamos de ti.
Jacob – És o único que sabe fazer o pino e dar voltas.
Catarina – Podes indicar-nos outra pessoa que saiba andar de pernas para o ar?
Carlitos – Não!
Jacob – Então, estás a ver?
Catarina – Tu não tens de gostar, Carlitos, mas o Toni vai adorar. Ele nunca na vida viu ninguém que saiba andar e fazer o pino.
Jacob – Temos de explicar primeiro ao Carlitos como é que ele sabe que o Toni está a gostar, Cati.
Carlitos – Eu não sou parvo!
Catarina – Mas o Toni… bem, o Toni só sabe dizer ããã. Por isso, quando ele se rir e abanar a cabeça e disser ããã, quer dizer: "Outra vez!" E tu tens de repetir o número!
Carlitos – E quando ele não gosta?
Jacob – Então torce a boca e diz ããã.
Catarina – Mas ele vai gostar, vais ver. Nunca viu um número com esta categoria… (Música no fim desta cena.)
Cena 3
(Pátio. Crianças a rir.)
Carlitos (Em voz baixa.) – Este é que é o vosso Toni? Ora bolas! Tem cá um aspecto…
Catarina (Em voz baixa.) – Uma pessoa habitua-se. Espera quando ele se rir. De um momento para o outro, fica com outro aspecto. Fica mesmo querido!
Jacob – Minhas senhoras e meus senhores, caríssimo público! Segue-se agora o ponto alto do nosso programa de gala de hoje. Susi, tambor, por favor! (O tambor rufa.) Uma salva de palmas para Mister Carlitos Carlitovitch! (Aplausos.)
Carlitos – Bom, está bem. Já que aqui estou… Upa!
Crianças – Oooh… (Primeiro silêncio, depois aplausos.)
Toni Ããã.
Carlitos – O que queres dizer, Toni? É comigo?
ToniÃãã.
Catarina – Ele quer dizer: "Outra vez!".
Carlitos – Mas com certeza! (Silêncio. Palmas.)
Catarina – Olha, Carlitos, o Toni está a aplaudir-te. Tens de fazer uma vénia! Nós fazemos sempre uma vénia como artistas de circo a sério!
Toni Ããã.
Jacob – Logo vi que ia gostar.
Carlitos – Outra vez, Toni? Sim? Está bem, olha para aqui…
Porteira – Agora é que eu estou pasmada! Ele faz o pino e anda!
Catarina – Esta é a porteira, Carlitos. Traz-nos sempre sumo.
Porteira – Ele até abana os pés. Assim bem não me admira que o Toni se divirta. (Aplausos.) Anda cá, deixa-me olhar para ti. Tu és novo. Como te chamas?
Carlitos – Carlitos.
Porteira – Então és o Carlitos. Tens mesmo jeito para palhaço. E é bonito que te tenhas esforçado por causa do Toni…
Carlitos – Eu não me esforcei.
Porteira – Está aqui o vosso sumo, meninos. Peguem no tabuleiro. Têm de o segurar para o Toni poder beber também.
Catarina – Eu faço isso.
Carlitos – Dá cá, Cati. Eu faço isso. Aqui tens, Toni, bebe. Anda, põe as mãos em volta do copo. Segura tu sozinho. Anda, tenta… Cati, olha! Ele está a tentar!
Catarina – A mãe treina com ele todos os dias, mas é preciso ter paciência.
Carlitos – Muito bem, Toni. Outro gole… Sim, nós seguramos os dois no copo. Pronto. Cati, ele agora não parece tão… tão… quero dizer, parece muito querido!
Catarina – Porque está contente, Carlitos.
Carlitos – Achas que ele ia gostar de um número de palhaços com um acordeão pequenino a chiar horrivelmente? Ou um número de arcos? Mas eu iria precisar de uma outra pessoa.
Catarina – E essa pessoa precisa de saber fazer muita coisa?
Carlitos – Claro que não! Só tem de segurar no arco e gritar "Upa!"
Catarina – Eu podia fazer isso lindamente… se tu quisesses fazer comigo…
Carlitos – Claro que… que eu ia gostar muito...
(Alguns compassos de música, no final.)
Lene Mayer-Skumanz (org.)
Jakob und Katharina
Wien, Herder Verlag, 1986
(Tradução e adaptação)
_____________________________________________________
A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

quarta-feira, 23 de março de 2011

Comemoração do Dia Mundial da Poesia, no Jornal e na Rádio RAIZONLINE

Comemoração do Dia Mundial da Poesia, no Jornal e na Rádio RAIZONLINE


PODE OUVIR este e outros poemas sobre o Dia Mundial da Poesia, na Rádio RAIZONLINE, nos meus programas FALAR POESIA

na quarta-feira das 23 h á 1 h

e na quinta-feira das 17 h ás 19 h,

acessando aqui: http://www.raizonline.com/radio/

(Confira neste MAPA, as horas no seu país e cidade).



O que é a Poesia!

Poesia é sentir cá dentro uma mensagem pungente

que tem que ser libertada em palavras de emoção

ofertada ao mundo sem nada esperar! Somente...

o preito do reconhecimento, e a oferta da paixão!

Poesia é ser portadora da arma certa para combater

metralhadora com balas compostas de tinta e papel

a indignação como mola de arremesso ! E assim fazer

a revolução pelo Mundo! Como nova Torre de Babel!

Tantas as línguas quantas as necessárias à mensagem

que o poeta tem que ser das palavras, o transmissor

lançadas sobre o planeta, arremessadas com coragem!

Poetas de todo mundo , união não deve ser miragem

temos que usar na salvação da Terra, a força do amor

ou o futuro de nossos filhos será sugado pela voragem!

Arlete Piedade

ENTRETANTO PODE LER TODOS OS POEMAS NO JORNAL RAIZONLINE ACESSANDO AQUI:

Desejo a todos um Feliz Dia da Poesia com muita inspiração e amizade!

Arlete Piedade

Secretária e Relações com Colaboradores

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HOJE na Rádio RAIZONLINE Magda Graça com " CLUBE DOS POETAS MORTOS"

4ª Feira 23 de Março de 2011

" CLUBE DOS POETAS MORTOS"

Para os cinco cantos do mundo, à distância de um só click, todas as quartas-feiras, das 21h às 23h, desfrute de música e poesia, escolhida por mim, a pensar em si



Temas musicais:


Vozes do fado: Ana Moura, Mariza


Jorge Palma


Elis Regina


Desperte os cinco sentidos...Ouvindo a Magda

Fique atento e não perca o programa de hoje

das 21h às 23h (hora portuguesa)

das 18 às 21h (hora brasileira)

na que já é a sua rádio, na RADIO RAIZONLINE



http://www.raizonline.com/radio/

Obrigada,

Magda Graça



terça-feira, 22 de março de 2011

Concurso Literário Sophia Andresen uma iniciativa de Loulé e Lagos

Cultura Outros

Concurso Literário Sophia Andresen uma iniciativa de Loulé e Lagos

Este Concurso Literário Sofia de Mello Breyner tem uma periodicidade anual, sendo que este ano a entrega de prémios decorrerá na Biblioteca Municipal de Lagos, a 26 de Junho.
De acordo com o respectivo regulamento, são admitidos a concurso trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em língua portuguesa, e ilustrações, originais e inéditos até à data da decisão final, que incidam sobre a obra literária de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Os trabalhos têm de indicar a obra original sobre a qual reflectem.
Todos os estudantes que frequentem escolas do 3.º ciclo do ensino básico e escolas do ensino secundário, ou equiparado, da região do Algarve podem apresentar trabalhos e concorrer.
Os referidos trabalhos devem ser entregues até ao dia 6 de Maio (inclusive) na Biblioteca Municipal de Lagos ou na Biblioteca Municipal de Loulé (data do correio).
Os trabalhos apresentados terão de estar assinados de forma legível, obrigatoriamente, com pseudónimo e ano de escolaridade.
Em anexo aos trabalhos (texto ou ilustração), deverá ser entregue um envelope fechado, identificado no exterior com o pseudónimo e ano de escolaridade e no interior deverá conter a seguinte informação: nome completo do autor, contacto(s) telefónico(s), e-mail, ano de escolaridade e identificação do estabelecimento de ensino frequentado. Para a entrega dos trabalhos, deverão ser colocados num segundo envelope fechado o trabalho e o envelope anexo, com os seguintes elementos no exterior: identificação do Concurso, categoria a que concorre, pseudónimo, título do trabalho candidato e ano de escolaridade frequentado. Caso os trabalhos sejam entregues via C.T.T. deverá ser utilizado um terceiro envelope onde será inscrito o destinatário (uma das duas Bibliotecas organizadoras do Concurso), e apenas a morada do remetente.

Se por acaso um autor apresentar mais do que um trabalho, os pseudónimos devem ser diferentes para cada apresentação.
Poderão ser entregues trabalhos de grupo com o máximo três elementos.
Haverá um único júri para as duas modalidades do concurso, que será constituído por um representante da Câmara Municipal de Lagos, um representante da Câmara Municipal de Loulé, um representante do DGLB – Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, um representante da DREALG - Direcção Regional de Educação do Algarve e um representante da Editorial Caminho/Leya.
O presidente de júri (este ano, o representante da Câmara Municipal de Lagos), poderá convidar pessoas habilitadas para auxiliar na tomada de decisão respeitante à categoria de ilustração.
No que diz respeito aos prémios, para a categoria de poesia, prosa e ensaio, de cada grupo, são atribuídos os seguintes prémios, em vale-oferta: 1.º classificado: 600€ + 15 livros + Diploma de participação; 2.º classificado: 300€ + 10 livros + Diploma de participação; 3.º classificado: 150€ + 5 livros + Diploma de participação. Para a categoria de ilustração é atribuído o seguinte prémio, em vale-oferta: 500€ + 25 livros.
Para as escolas frequentadas pelos alunos premiados são atribuídos os seguintes prémios: 1.º classificado: 15 livros; 2.º classificado: 10 livros e 3.º classificado: 5 livros.
Caso o júri decida, existe a possibilidade de atribuição de menções honrosas.
As Câmaras Municipais de Lagos e de Loulé ficam detentoras dos trabalhos premiados, reservando para si os direitos de divulgação ou publicação dos mesmos.
Os trabalhos poderão ainda fazer parte de exposições a organizar nas instalações das Bibliotecas Municipais das duas Autarquias.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de Novembro de 1919, no Porto, onde passou a infância.
Aos doze anos escreveu os primeiros poemas e entre os 16 e os 23 anos tem uma fase excepcionalmente fértil na sua produção poética.
Estudou Filologia Clássica, na Faculdade de Letras de Lisboa, mas não terminou a licenciatura.
Passados três anos voltou ao Porto, onde viveu até casar com Francisco Sousa Tavares, mudando-se então definitivamente para Lisboa. Tem cinco filhos.
Publicou o seu primeiro livro em 1944, "Poesia", edição de autor, que foi reeditado em 1975.
A escritora tem uma obra multifacetada que toca os domínios da poesia, ensaio, prosa e da literatura infantil, tendo sido distinguida em todas elas com vários galardões, nomeadamente o Prémio Camões, em 1999.
Sophia de Mello Breyner Andresen que morreu a 2 de Julho de 2004 tem uma obra que toca a poesia, o ensaio, a prosa, a literatura infantil, quem não conhece "A Menina do Mar" e foi distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Camões, em 1999.



Zita Ferreira Braga

México distingue Luis Miguel

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México distingue Luis Miguel

O Auditório, considerado o mais prestigiado palco mexicano, tem uma capacidade para dez mil espectadores.
O cantor de 40 anos, apelidado de "El Sol" recebeu o galardão pela directora do espaço, María Cristina García, noticia a Efe.
Luís Miguel actua no início de todos os anos neste espaço onde realiza cerca de 20 concertos seguidos, além de cantar noutras casas de espectáculo no México. Muito popular na América Latina, o cantor actua regularmente em Espanha e nos Estados Unidos.
Natural de Porto Rico, Luis Miguel naturalizou-se mexicano, e desde a sua estreia em 1982, com 12 anos, já vendeu 75 milhões de discos.
Com nove Grammy e uma estrela no passeio da fama em Hollywood, Luís Miguel em 1999 tornou-se o artista latino mais visto em todo o mundo.
Em 1994 gravou com Frank Sinatra o tema "Come Fly With Me", e anteriormente tinha gravado com Sheena Easton e Laura Braningham.
(ES)