terça-feira, 31 de maio de 2011

Filme controverso de Terence Malick nos cinemas portugueses

Cinema

Filme controverso de Terence Malick nos cinemas portugueses

Nesta sua longa metragem, Terence Malick mostra a relação tumultuosa entre pai e filho numa família comum, e explora essa relação ligando-a ao longo dos tempos desde o início do universo, numa viagem pela história da vida, em imagens fabulosas de beleza.

No centro desta montagem de sentidos está uma família americana, dos anos 50, do interior do Texas, com um pai severo em demasia, e reflectindo a sua história, Malick vai às origens da Vida, com fabulosas imagens do cosmos, acompanhando uma reflexão religiosa profunda.
E com estas imagens de um cosmos enfurecido ou brilhante de beleza, temos uma banda sonora que parece ter sido escolhida em simultâneo com a montagem.

Sean Penn é Jack, o filho mais velho, que no percurso do filme nos recorda a vivência da família e o golpe sofrido com a morte de um irmão.
Mas a história desta família dissolve-se nas imagens que retratam a dor eo sofrimento da perda.
Neste filme o protagonista é a realização porque os actores diluem-se numa acção conduzida por imagens absorventes de beleza e imaginação acompanhadas por uma banda sonora que acompanha passo a passo a câmara, ou será a câmara que acompanha a banda sonora?

"A Árvore da Vida", um filme que levou mais de dois anos a montar, deu origem a pateada na sua apresentação em Cannes, mas isso não dissuadiu o juri, presidido por Robert de Niro da atribuição da Palma de Ouro.

"A Árvore da Vida" é um filme que se ama ou se odeia.

O Hardmusica aconselha os seus leitores a não perderem este controverso, polémico, insólito mas espectacular filme, quanto mais não seja, pela beleza da sua fotografia e da banda sonora.



Zita Ferreira Braga

Los Angeles distingue André Badalo

Cinema

Los Angeles distingue André Badalo

Escrita e realizada por André Badalo, a curta-metragem "Catarina e os Outros" foi produzida pela produtora algarvia Original Features e conta no elenco com Victoria Guerra, Rui Porto Nunes, Cândido Ferreira, Maria João Bastos, Philippe Leroux, Pedro Carvalho, Tiago Aldeia, Luís Garcia e Arminda Badalo.
Segundo a produtora, o Prémio de Excelência é atribuído a uma seleção de curtas-metragens a nível mundial (no caso de 2011 foram distinguidas sete, incluindo a de Badalo), por “mérito artístico e relevância social”.
Em 2010, o realizador algarvio André Badalo foi premiado no mesmo festival de Los Angeles com uma menção honrosa para o filme "Shoot me", distribuído em 44 salas de cinema nacionais e também em Angola, Cabo Verde e Moçambique, juntamente com o filme "A Cidade", do realizador americano Ben Affleck.
Os LAMA atribuem anualmente cerca de 300 prémios em 11 categorias, com o objetivo de “celebrar o cinema independente e as artes literárias”, segundo se lê no sítio oficial do festival.
(ES)

Reclusos integram elenco de "Sicrano de Bergerac"

Teatro

Reclusos integram elenco de "Sicrano de Bergerac"

A outra novidade é que esta peça, uma adaptação livre de Cyrano de Bergerac, do poeta e dramaturgo francês Edmond Rostand (1868-1918), teve como ponto de partida a tese de Mestrado em Encenação, de Luísa Pinto, pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP), subordinada ao tema “Inclusão Social pelo Teatro”.
Luísa Pinto contou à Lusa que teve o “primeiro contacto com a comunidade reclusa em 2005”, com a qual fez até “dois trabalhos”. Essa experiência mostrou-lhe como o teatro pode ajudar reclusos a “recuperar a memória cognitiva e a melhorar a auto-estima”.
“Alguns deles nunca foram ao teatro e estão a pisar um palco pela primeira vez”, acrescenta, igualmente, a encenadora – e diretora artística do Teatro Constantino Nery.
“Percebi que o teatro podia ser um meio de os incluir na sociedade de uma forma igual”, disse, explicando que isso motivou-a a “ir mais longe e misturar reclusos com actores profissionais”.
Sicrano de Bergerac junta quatro reclusos, duas mulheres e dois homens, com idades entre os 23 e os 60 anos, e quatro atores do Teatro Constantino Nery.
Os primeiros foram escolhidos após “um casting feito na própria cadeia”, no qual participaram apenas aqueles que se encontravam “em regime aberto”. Quase todos foram parar ali por causa de “problemas com a droga”.
“Estiveram dois meses a ensaiar” no estabelecimento prisional e na terça-feira, finalmente, ensaiaram pela primeira vez no Constantino Nery. Luísa Pinto obteve autorização para fazer “cinco ensaios” naquela sala, certamente para os familiarizar com o espaço onde se vão apresentar perante o público, tudo sob o olhar de guardas prisionais “à paisana”.
A encenadora afirma que eles “estão muito felizes e motivados”.
“Dizem que os dias passam muito mais rápido e nunca mais vão esquecer esta experiência”, explicou.
Luísa Pinto explica que escolheu Cyrano de Bergerac para fazer esta peça porque “não podia ser um texto difícil”. Além disso, “tinha que ser universal”.
“Fala sobre o amor, é muito poético. Em Sicrano de Bergerac, a história gira à volta de um grupo de taxistas, prostitutas e delinquentes” e do amor entre um deles (Sicrano) e uma cantora pimba (Roxana).
No texto de Edmond Rostand, a ação decorre na Paris do século XVII: aqui , o palco é uma cidade portuguesa, no final do século XX.
As desigualdades sociais, o feio e o belo, o nariz desproporcionado, de tão “grande”, que é a imagem de marca de Cyrano/Sicrano e o “universo kitsch” de um certo meio musical estão presentes nesta peça “muito divertida” e concebida para durar “uma hora”.
Com dramatugia de Jorge Louraço, Sicrano de Bergerac inclui “três canções originais” de Carlos Tê, com arranjos de Miguel Ferreira, e até segunda-feira faz parte da programação do Fitei, com sessões marcadas para as 21:30.
Pode ser vista mais tarde, entre os dias 08 e 19 de Junho.
(ES)

Lobo Antunes candidado ao Príncipe das Astúrias

Livros

Lobo Antunes candidado ao Príncipe das Astúrias

Segundo a Efe, Lobo Antunes, que já foi anteriormente apontado como possível vencedor, surge ao lado de nomes como o chinês Yan Lianke, o norte-americano John Ashberry e o chileno Nicanor Parra.
O júri, que inicia as deliberações terça-feira em Oviedo, é composto por escritores como Andrés Amorós, Juan José Armas Marcelo, Fernando Sánchez Dragó y Berta Pi±án e pela diretora do Instituto Cervantes, Cármen Cafarell.
O galardão é o reconhecimento a personalidades cujo trabalho criativo ou de investigação representa uma contribuição relevante para a cultura universal nos campos da literatura ou da linguística.
No ano passado, o vencedor foi o escritor libanês Amin Maalouf.
Vargas Llosa, Camilo José Cela, Günter Grass, Doris Lessing, Paul Auster, Cláudio Magris, Amos Oz foram alguns dos outros galardoados em edições anteriores na área das Letras.
Os Prémios Príncipe das Astúrias, de atribuição anual, contemplam as seguintes áreas: Comunicação e Humanidades, Ciências Sociais, Artes, Letras, Investigação Científica e Técnica, Cooperação Internacional, Concórdia e Desportos.
Cada um dos oito galardoados receberá 50 mil euros.
A entrega dos prémios é feita no Outono, em Oviedo, num acto solene presidido por S.A.R. o Príncipe Filipe de Espanha.
(AC)


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Livro para ensino de português lançado pelo MEC causa polêmica

Livro para ensino de português lançado pelo MEC causa polêmica

A Academia Brasileira de Letras (ABL) condenou a posição da autora e criticou o MEC por defender a obra.
Brasília – Um livro de língua portuguesa distribuído a turmas de educação de jovens e adultos (EJA) pelo Ministério da Educação (MEC) causou polêmica ao incluir frases com erro de concordância como “os livro ilustrado” ou “nós pega o peixe” em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada. No texto, a autora da obra Por uma Vida Melhor defende que os alunos podem falar do “jeito errado”, mas devem atentar para o uso da norma culta, cujas regras precisam ser dominadas. Apresenta exemplos incorretos e, em seguida, mostra como eles deveriam ser escritos de acordo com as normas gramaticais.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) condenou a posição da autora e criticou o MEC por defender a obra. O ministro Fernando Haddad já disse que os 484 mil livros comprados e distribuídos às escolas não serão recolhidos. De acordo com a ABL, “a posição teórica dos autores do livro didático que vem merecendo a justa crítica de professores e de todos os interessados no cultivo da língua padrão segue caminho diferente do que se aprende nos bons cursos de teoria da linguagem”.

Mas linguistas e especialistas em educação de adultos defendem que a aceitação da variedade popular é parte importante do trabalho com o público que não frequentou a escola na idade correta. “O aluno chega à escola com uma linguagem já constituída muito longe do que é a norma culta. Se acha burro por falar errado. Então o educador tem que mostrar que a linguagem dele não é primitiva, mas uma língua que tem uma lógica e por meio da qual ele consegue se comunicar. Se você reconhece a sua própria fala, você consegue adquirir a norma culta”, aponta Vera Masagão, presidente da organização não governamental (ONG) Ação Educativa e especialista em EJA.

Segundo Vera, para o adulto que retorna à escola depois de muito tempo sem estudar, aprender a norma culta é quase como “aprender uma língua estrangeira”. “Ele vai fazer um esforço muito grande para colocar o 's' no final das palavras porque para ele não é natural conjugar o plural. Ele já é falante totalmente maduro, ao contrário de uma criança”, compara. Ela avalia que a mesma abordagem não poderia fazer parte de um livro para as séries regulares do ensino fundamental, por exemplo, já que, nessa fase, o aluno está formando a sua linguagem.

Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília (UnB) e autor do livro Preconceito Linguístico, considera que faltaram informações à sociedade e aos meios de comunicação para abordar o assunto. “Isso é uma falsa polêmica porque qualquer livro didático que você procure no mercado brasileiro traz um comentário, uma lição sobre a variação linguística. A linguística moderna se dedica ao estudo de qualquer manifestação da língua e não só aquela que um grupo de pessoas considera certa”, afirma.

Ministro defende livro

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a acusação de que o livro “ensina a falar errado” é um equívoco.

“O livro parte da situação da fala, mas induz o jovem a se apropriar da norma culta. Os críticos infelizmente não leram o livro, fizeram juízo de valor com base em uma frase pinçada do contexto”, defendeu Haddad durante entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro.

Haddad comparou os erros de concordância muito comuns na língua falada, especialmente na população mais pobre e não escolarizada, à linguagem utilizada pelos usuários da internet e de redes sociais.

“Quando um jovem manda mensagens no seu Twitter, no seu e-mail ou Orkut, ele faz uso da linguagem habitualmente utilizada naquele ambiente, até de maneira lúdica, ele modifica a língua e cria sinais próprios. Ali também tem norma e para você entender tem que se familiarizar com determinados padrões. Mas ele sabe que se migrar para um ambiente formal, seja um entrevista de emprego ou uma prova da escola, a linguagem não será apropriada”, afirmou.

O ministro ponderou que a escola tem que ensinar a norma culta, mas a abordagem pode partir da linguagem popular. “Há formas e abordagens diferentes para ensinar a norma culta. Você ensina a norma culta para uma criança de um jeito, para o adulto de 40 anos, de outro. Aquele adulto já tem uma história de vida da qual você tem que partir para que ele se familiarize da norma culta”, defendeu.

Confira trechos do livro "Por uma vida melhor":

“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”

“'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”

“Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:

Nós pega o peixe.

nós - 1ª pessoa, plural

pega - 3ª pessoa, singular

Os menino pega o peixe.

menino - 3ª pessoa, ideia de plural (por causa do “os”)

pega - 3ª pessoa, singular

Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”

“É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana.”

“A norma culta existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta. Algo semelhante ocorre quando falamos: conversar com uma autoridade exige uma fala formal, enquanto é natural conversarmos com as pessoas de nossa família de maneira espontânea, informal.”

Ministro das Comunicações diz que Brasil tem condições de dobrar acesso à internet em quatro anos

Ministro das Comunicações diz que Brasil tem condições de dobrar acesso à internet em quatro anos


Brasília - O Brasil tem condições de dobrar o acesso à internet em quatro anos, na avaliação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Mas, segundo ele, para atender à demanda existente no país, é necessário triplicar o número de acessos. Para Paulo Bernardo, a universalização do serviço depende do aprimoramento da regulamentação do setor.

“Tem muita gente que quer ter acesso às tecnologias, mas não tem porque é caro ou não há oferta suficiente”, disse o ministro, após participar do seminário Estímulos à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no Setor de Telecomunicações, promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O ministro reforçou o interesse de empresas coreanas de oferecer sistema de acesso à internet no Brasil, mas disse que será preciso haver uma regulamentação para que isso ocorra. Ele esteve na Coreia na semana passada e discutiu o assunto com empresários.
Para o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, a agência reguladora tem progredido “a passos largos para aperfeiçoar a regulação, em especial no que diz respeito à qualidade dos serviços, direitos do consumidor, competição e convergência”.
Na avaliação de Sadenberg, as diferenças do setor no Brasil em relação aos países “mais avançados” são apenas em parte uma questão regulatória. “É necessário que os players [empresas que atuam no setor] desse mercado tenham um papel mais ativo, eu arriscaria mesmo a dizer mais ousado, e que atuem de maneira a não somente importar modelos de negócios, mas também a inovar, em todos os aspectos de suas atividades”, disse. As informações são da ABr.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Campanha de Livros para Moçambique

Campanha de Livros para Moçambique
Tem livros de que não precisa e estão a ocupar espaço na sua estante? Dê esses livros para uma biblioteca em Angoche - Moçambique.
Eu vou colaborar!
Enviado por Luisa Melo, filha da nossa colaboradora Maria da Fonseca
Mais informações em:
Ver abaixo a transcrição:
A Delegação Regional Norte da BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas foi contactada para ser a promotora de uma campanha com o objectivo de angariar publicações para a Biblioteca Professor Doutor José Ibraimo Abudo em Angoche – Moçambique.
Decidimos abraçar esta causa. Leia o texto e veja as fotografias. Há leitores para uma biblioteca! Precisam-se livros em língua portuguesa, referentes a diversas áreas do conhecimento: livros didácticos a nível dos vários graus de ensino (básico, secundário e superior), Literatura infantil, Literatura, História, Ciências Naturais, Física, Química, divulgação científica…

Entregue, de Abril a Outubro de 2011, os livros pessoalmente ou pelo correio nas seguintes moradas:
Zona de Lisboa: OGY – Formação e Desenvolviemnto de Recursos Humanos, Lda. Avenida 5 de Outubro, 151 8º A, 1050-053 Lisboa. E-mail: ana.cristina.neto@ogy.pt

Zona do Porto: Edifício do Arquivo Distrital do Porto – Delegação Regional Norte da BAD, Rua das Taipas 90, 4050-598 – Porto. Telefone: 222051518. E-mail: badnorte@gmail.com

Contamos com a sua contribuição . Um gesto, por mais pequeno que seja, pode sempre fazer a diferença
“Chegar a Angoche é uma vitória. 2000 km a norte de Maputo, depois dos 170 km de estrada de terra batida que separam a cidade do aeroporto mais o próximo, aparece-nos a cidade sonolenta, de ruas de terra vermelha, com o Índico a brilhar logo ao fundo da avenida principal. O passado está em cada esquina, embora pouco reste de quando era capital, bem antes de Maputo e da Ilha.

As casas de hoje são as dos anos 60, baixas, de alpendre, a protegerem-se do sol dos trópicos., em todos os tons de ocre. A variedade de culturas é intensa, evidente, tranquila: capulanas, cofiós, djalabas, saris. Ouve-se o muezzin, ouve-se o sino da igreja grande. Ouve-se o português, o macua, e muitos “salam aleikum”.

Na cidade vivem 85.000 pessoas, 300.000 num distrito do tamanho do de Leiria. Mais de 50% tem menos de 24 anos. Perto de um terço menos de 14 anos. É nas escolas que a surpresa é maior: para optimizar os espaços insuficientes, sucedem-se as turmas, de 50 e 60 alunos, em tantos turnos quanto o dia permite. No bairro mais populoso, o do Inguri, os mais pequeninos têm as aulas em grandes palhotas construídas no pátio da escola.

Em 2009, 60.000 alunos frequentaram o ensino básico. 6.000 alunos frequentaram o ensino secundário, recente no distrito. Em Setembro foi inaugurada, por iniciativa privada, a única biblioteca hoje a funcionar. De acesso gratuito para todos, começou com a boa vontade de um angocheano residente em Maputo, Juiz Conselheiro do Tribunal Administrativo.

Uma sala, 400 obras para começar, duas mesas e meia dúzia de cadeiras. Um jovem empenhado em garantir o funcionamento da biblioteca. E os alunos têm afluído. Nem o número de livros nem o espaço são suficientes e sê-lo-ão cada vez menos, considerando o crescimento exponencial dos alunos que frequentam o ensino secundário. E a biblioteca é a única possibilidade de consultar, pesquisar, estudar. Das obras mais consultadas desde Setembro foram a gramática, o dicionário, os livros de leitura de português da 11ª e 12ª classe.

O empenho no estudo é geral, marcado por uma teimosia próxima do instinto de sobrevivência, e apenas travado pela falta de meios como cadernos, lápis, cadeiras, carteiras, luz eléctrica, nas escolas e em muitas casas. E os livros, claro.

A livraria mais próxima fica a 170 km e a agricultura e a pesca de subsistência não permitem o investimento da grande maioria das famílias. Por isso os livros de estudo das disciplinas do ensino secundário são as mais procuradas e aqueles cuja falta mais se sente. E também a literatura em língua portuguesa.

A outra surpresa que Angoche nos reserva é o carinho de quem nos diz, como várias vezes ouvi: “esta terra também vos pertence”. Ir a Angoche é sentir na pele e ver de perto o que quer dizer “a minha pátria é a língua portuguesa”.

Ana Cristina Neto

Vivam as bibliotecas vivas!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tavira recebe Feira de Artes Performativas

Lazer Outros

Tavira recebe Feira de Artes Performativas

O evento, que se estende até sábado, pretende ser uma “plataforma de comunicação entre criadores e programadores contemporâneos do Mediterrâneo”, explicou Nuno Salgado, da associação cultural Procur.arte, responsável pela organização.

São ao todo cerca de 200 pessoas envolvidas directamente no evento, entre artistas e programadores portugueses, de diferentes regiões de Espanha – Catalunha, Andaluzia ou Estremadura -, e ainda de Marrocos.

Além de espectáculos de teatro, música e novo circo, entre outros, a Formas apresenta ainda um conjunto de “pitchings” - demonstrações de novos projetos artísticos em formato “showcase” -, e duas conferências.

A escolha de Tavira explica-se não só por ser uma cidade de "dimensão pedonal" - que permite ao público aceder facilmente aos vários locais do evento -, como por ser uma cidade "com dinâmica cultural", sublinha Nuno Salgado.

Durante quatro dias o Hotel Vila Galé Albacora será o centro nevrálgico da feira, onde se realizarão os III Encontros Teatrais da Raia e serão apresentados um espectáculo e os doze novos projectos.

Segundo Nuno Salgado, o “pitching” é um espaço de apresentação de projectos artísticos ainda em fase de montagem ou recentemente estreados, constituído por módulos de cerca de 20 minutos.

Estas demonstrações, tal como os espectáculos – a apresentar no hotel mas também na Ermida de S. Sebastião, Palácio da Galeria, Espaço da Corredoura e Biblioteca de Tavira -, são abertas ao público e de entrada gratuita.

Do programa fazem parte a exibição, no primeiro dia, de “O Espectáculo – uma ópera grelhada”, do evento musical “Jerez-Texas”, na quinta-feira, e de duas peças de teatro e um espectáculo infantil na sexta-feira.

O evento encerra no sábado com uma conferência sobre o tema “Web 2.0 Sector Cultural: Estratégias e Perspectivas”, o espectáculo de novo circo “Naturaleza Rota” e o cine-concerto “Metrópolis”.

O evento, que pelo terceiro ano se realiza em Tavira, é apoiado pela autarquia, hotel Vila galé Albacora, Direcção Regional de Cultura do Algarve e Universidade do Algarve (UAlg).

(ES)

13 distritos em aviso amarelo devido a trovoada e aguaceiros fortes

13 distritos em aviso amarelo devido a trovoada e aguaceiros fortes

16 | 05 | 2011 20.06H
O Instituto de Meteorologia colocou hoje, e até quarta-feira, treze distritos de Portugal Continental sob aviso amarelo, o terceiro mais grave numa escala de quatro, devido à previsão de trovoada e aguaceiros, por vezes fortes.

 
O aviso abrange os distritos de Aveiro, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal e Viseu e vigora desde as 18:00 de hoje até às 23:59 de quarta-feira.

O aviso amarelo significa uma situação de risco para determinadas actividades dependentes do estado do tempo.

ESTUDO SOBRE FACTURA DA ÁGUA

ESTUDO SOBRE FACTURA DA ÁGUA


ÁGUA, SANEAMENTO E LIXO CUSTAM €20,39/MÊS A UMA FAMÍLIA DE 3 PESSOAS

AQUAPOR LANÇA FACTURA ÚNICA
EM 14 MUNICIPIOS PARA FACILITAR LEITURAS
As famílias portuguesas compostas por 3 pessoas consomem em média 10 m3 de água/mês, o correspondente a €20,39, revela a Aquapor, num estudo finalizado esta semana num universo de 10 municípios e cujo principal objectivo é esclarecer o consumidor na desmontagem e interpretação de uma factura da água.

Segundo o estudo, a água representa, no total da factura, pouco mais de metade do seu total, ou seja 56%, sendo que os restantes 44% destinam-se ao saneamento (22%), à recolha do lixo (15%) e ao Estado (7%).

No que se refere somente aos custos das empresas de água, em média, apenas 44,2% dos gastos totais é que se destinam a cobrir os custos correntes de gestão, operação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais.

O Estado arrecada diretamente o IVA e, indiretamente, a TRH (Taxa de Recursos Hídricos a favos das ARH) e a TCQA (Taxa de Controlo da Qualidade da Água a favor da ERSAR).

O IVA, a 6%, incide sobre os Serviços de Água, Serviços de Saneamento quando prestados por concessionárias (as Câmaras Municipais não pagam) e sobre a TCQA.

Comparando o preço da água e do saneamento com outros serviços domésticos, a Aquapor sublinha que aqueles representam 7,9% do total dos custos que os portugueses têm com facturas de eletricidade, televisão, gás, telefone ou recolha de lixo.

A Aquapor, por reconhecer dificuldades na interpretação da factura da água, decidiu que, a partir de Junho, as suas concessionárias irão apresentar pela primeira vez em Portugal uma ‘Factura Única’ em todos os 14 municípios seus clientes, que abrangem uma população de 730 mil habitantes.

A ‘Factura Única’ tem uma leitura facilitada e compreensível de toda a informação nela contida, porque apresenta todos os dados em ‘caixas temáticas’ que auxiliam a sua interpretação, nomeadamente, o acompanhamento do histórico dos consumos e dos preços da água.

O pagamento poderá ser feito através de transferência bancária, MB, Payshop, agentes de cobrança locais ou diretamente nas lojas das respectivas concessionárias.

A ‘Factura Única’ abrange os seguintes municípios: Alcanena, Azambuja, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Mortágua, Setúbal, Tábua, Alenquer, Batalha, Cascais, Gondomar, Sta Comba Dão, Tondela e Trancoso.

“Entendemos que esta é a melhor forma de esclarecermos o consumidor. Queremos também mostrar de uma forma transparente o papel das concessionárias, o que cobram pelo seu trabalho e, particularmente, o papel que desempenham no abastecimento às populações”, afirma José Teixeira, Presidente da Aquapor.

I Feira Ibérica de Sustentabilidade Urbana

No contexto da I Feira Ibérica de Sustentabilidade Urbana, que decorrerá entre 7 e 9 de Junho de 2011 na cidade de Bragança, o Município desta cidade está a organizar quatro ''Eco-Workshops'' que terão os seguintes temas: ''Eco-Produtos'', ''Eco-Turismo'', ''Eco-Energia'' e ''Eco-Construção''.
 
 
 
Cada um destes Workshops beneficiará da participação de oradores convidados Portugueses e Espanhóis.

Hoje, dia 17 de Maio SABOREANDO na Rádio RAIZONLINE.

 
Hoje, dia 17 de Maio, das 22 às 24 horas na hora portuguesa (18 às 20h em quase todo o Brasil ; e nos outros países confirme no site abaixo indicado) oiça o meu programa SABOREANDO na Rádio RAIZONLINE.

"Saboreando" é um programa de música e poesia que tenho nesta Rádio todas as
terças-feiras, à hora supra-citada. Basta clicar em
http://www.raizonline.com/radio/

e ficará logo a ouvir. Nada mais fácil: à distância de um click.

Se escreve, quem sabe se não irá ouvir um poema seu?

Adicione-me em
raizonline@hotmail.com e poderá falar comigo DURANTE a
emissão.

Venha daí que vai gostar!

Até logo.

Um abraço

Joaquim Sustelo

terça-feira, 3 de maio de 2011

20º Torneio Internacional de Futebol Veterano



A Associação do Desporto Veterano “Santeirim”, vai organizar o 20º Torneio Internacional de Futebol Veterano nos dias 19 a 22 de Maio de 2011, nos concelhos de Santarém, Almeirim, Alpiarça e Cartaxo, com a presença de 16 equipas oriundas 4 de Angola, 2 de França, 1 da Suiça, 1 da Suécia, 1 de Cabo Verde, 1 da África do Sul, 1 da Madeira e 5 do Continente, num total de 500 atletas, num total de 40 jogos.

O Torneio não será só futebol, mas também gastronomia e cultura (espectáculo de fado), reforçando a amizade entre os povos das mais diversas paragens, testemunhado pela envolvência dos Municípios apoiantes.

Equipas presentes:

União Veteranos de Almeirim -------- (Almeirim)

A. D. C. R. “Os Tricofaites” -------------------------- (Santarém)

A. A. V. N “Árvores Morrem de Pé” ----------- (Porto)

Veteranos do S. C. Castelo da Maia --- Castelo da Maia (Porto)

Equipa dos Pais da Academia Futebol Externato Eduarda Maria --------- (Lisboa)

A. S. P. Dreux --------------- Dreux (França)

A. P. Chartres --------------- Chartres (França)

C. Desportivo do Funchal ------ Funchal (Madeira)

A. P. Genéve ---------------- Genéve (Suiça)

Old Boys Lilla Uppakra ------------ Malmöe (Suécia)

Clube Amigos da Rádio --- Luanda (Angola)

A. F. Benguela ------------- Benguela (Angola)

A. P. F. do Huambo --- Huambo (Angola)

G. D. V. G. Huíla ----------- Huíla (Angola)

A. C. F. Veteranos da Praia – Cidade da Praia (Cabo Verde)

A. C. P. Pretória ----------- Pretória (África do Sul)

Este Torneio tem presenças de futebolistas que já integraram equipas do 1º escalão do Futebol tanto nos seus Países ou em Portugal. Este Torneio tem 20 anos consecutivos

E começou com 4 equipas da região, até que se transformou em Internacional, com a presença de equipas vindas de Macau, Angola, Canadá, Inglaterra, França, Suiça,

Suécia, Cabo Verde, África do Sul, etc.


Veja o Calendário completo aqui





2º AKTUARTE - Encontro de Teatro do Seixal

2º AKTUARTE - Encontro de Teatro do Seixal

Caros Amigos e Associados,

Abaixo segue o programa do 2º AKTUARTE - ENCONTRO DE TEATRO DO SEIXAL, pelo que muito agradecemos a sua divulgação e,se possivel a tiragem de uma ou duas fotocopias e pedirem ao comercio tradional para afixar o prospecto.

Este tarefa é solidária!


O ÊXITO DESTE PROGRAMA CULTURAL PASSA TAMBEM PELA VOSSA PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO!!

A DIRECÇÃO



Carregue na imagem para ver em tamanho natural s.f.f.


A difícil arte de viver em comunidade

A difícil arte de viver em comunidade

Por Sonia Jordão

Desde a infância, começamos a aprender como conviver bem com os outros. Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as pessoas à sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do outro, independente de quem ele seja, se um filho, um irmão, um amigo ou um vizinho.

A regra é antiga e clara: nosso direito termina onde começa o do outro. Assim, por exemplo, eu posso fazer uma festa e ouvir música alta, desde que as outras pessoas, que também a estiverem ouvindo, gostem de som alto e do estilo da música. Nesse momento, é bom pensarmos nos nossos vizinhos e não só naquele que se encontra no mesmo ambiente onde a música está tocando.

Se vivêssemos como ermitões, não precisaríamos nos preocupar. Porém, como vivemos em comunidade é um pouco diferente. Precisamos aprender a agir de forma a não prejudicar o outro. É importante, também, nos acostumarmos a tratar a todos educadamente.

As leis tratam de assuntos mais graves, tais como matar e roubar. Porém, todos têm outros direitos além do direito à vida e à suas propriedades. Quando falamos de vida precisamos incluir o machucar o outro e não só matar, portanto ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. E quando falamos de propriedade é bom lembrar que estragar de qualquer forma, aquilo que não é seu, inclui, por exemplo, pichar um muro, arranhar um carro, e várias outras coisas.

Também é preciso que tratemos os outros não da forma que queremos ser tratados, mas sim da forma que eles gostariam de ser tratados. Pode ser que o gosto dos outros seja diferente do nosso.



Clique aqui ou acesse http://www.soniajordao.com.br para ler este e outros artigo da Sonia Jordão completos.