quarta-feira, 1 de junho de 2011

Com voz de fado e instrumentais de qualidade superior os Atlanthida em disco

Discos

Com voz de fado e instrumentais de qualidade superior os Atlanthida em disco

O projecto Atlanthida apresentou o seu disco "Uma canção genuinamente portuguesa", no Cinema S. Jorge, em Lisboa.
Com uma sonoridade bastante atrativa e bela, os seis elementos que compõem este grupo oriundo do Porto, encantaram as dezenas de espectadores que se deslocaram ao S. Jorge para os escutarem.
Trata-se de um propjecto totalmente acustico, onde o acordeão, a guitarra, a vilola e o violoncelo acompanham a bela e cativante voz de Gisela.
A história da banda é contada por seis músicos e uma fadista. Oriundos dos mais distintos géneros musicais, os Atlantihda viajaram pelo mundo da música nacional e internacional, absorvendo várias influências para se encontrarem num projecto que acabaria por ligar a música de raiz tradicional e rural, com aquela que é a nossa música popular urbana: O Fado.
O seu agente, Helder Moutinho, fala-nos sobre os músicos Falando que compõem os Atlanthida afirmando que João Campos descobre a sua vocação no Rock e nos Blues quando, mais tarde, vem a descobrir outros instrumentistas e compositores, desde Mark Knofler a Paco de Lucia, ou ainda John Williams a Roland Dyens.
Por sua vez, Miguel Teixeira, passou pelo Heavy Metal para mais tarde se debruçar numa vasta escolha de preferências musicais que vão de Carlos Paredes, a Pat Metheny ou Rabih Abou Khalil. Fátima Santos tocava acordeão nos Ranchos Folclóricos da sua aldeia na região de Oliveira do Hospital e com o crescimento como instrumentista acabou por se apaixonar por outros géneros relacionados como as músicas de Ástor Piazzolla, Richard Galliano e Maximilliano Pitoco.
Mélanie nasceu em Paris e aos dez anos foi viver para Viana do Castelo, cidade atlântica mais "nortenha" de Portugal onde a música tradicional tem um grande relevo. Aí frequentou tertúlias bem como romarias e, como violoncelista, ingressou muito nova orquestras clássicas absorvendo referências de grandes instrumentistas e compositores como Bach, Rostropovitch, Yo-Yo Ma e Truls Mørk.
José Flávio Martins, autor das letras e músico autodidacta, sempre se dedicou à música tradicional. As suas influências misturam-se, tal como os outros elementos da banda, entre grandes ícones internacionais que vão desde os Chieftains a Dead can Dance.
Por sua vez, Gisela João é desde sempre e incondicionalmente uma “Fadista”. Nasceu em Barcelos e aos vinte anos foi viver para o Porto, onde iniciou o seu percurso nas casas de fado da “Cidade Invicta” para posteriormente se mudar para Lisboa. A sua escolha musical fora do fado vai desde Ella Fitzgerald a Matthew Herbert ou Sérgio Godinho mas na realidade, é com as vozes de Amália, Lucília do Carmo e Camané, entre outros, com que mais se identifica.
Um disco que o Hardmusica recomenda a quem goste de boa música.

Os Atlanthida marcarão presença no festival Super Bock Super Rock a 15 de Julho na Herdade do Cabeço da Flauta, Meco.



Frederico Santos Silva

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