quarta-feira, 15 de abril de 2009

Escrever por inércia nos Blogs

Blogueiro de relativamente fresca data conheço no entanto o mundo dos blogs muito antes de ter sido inventada a palavra «blogolândia». Para ser franco, coisa que costumo ser, sempre considerei a tal de blogolândia como um mundo menor da comunicação netística: o sistema para escrita é extremamente simples e para quem lutou desde os primóridos dos editores html com códigos truncados e a necessidade de ganhar luzes sobre os mesmos para os poder corrigir, sentia, na altura (já me redimi) o blogueiro como sendo o pobrezinho da net.

Pobrezinho não naquele sentido da falta de meios materiais (da falta de bife ou de camarão / lagosta em casa - coisas que eu não uso) mas pobrezinho porque a luta era pouca dado que entendia a net como sendo um desafio.

Ora o Blog veio democratizar esta coisa e essa vantagem ninguém pode deixar de lhe reconhecer.

Facilitou e reduziu o leque de possibilidades de apresentação dos trabalhos, tornou a net mais pobre em termos gráficos, mas acabou por trazer à net quem até aí não tinha tal possibilidade ou só a tinha se pedisse a alguém que fizesse o html por si (por vezes pago, o que criou desemprego virtual).

Mas é quanto aos temas que renovou que é mais importante para mim fazer a referência: como em todas as coisas há sempre quem parta com grande força, quem durma praticamente ao lado do computador na esperança quase sempre baldada de ter um comentário, de ver andar o contador, quem percorra a net que conhece para ver se alguém fez uma referência a um desabafo (ou não ) seu.

Pois, são milhões de Blogs e eu perco-me muita vezes até que o computador me diga que a memória (RAM) está a dar o bafo, outras vezes canso-me por ver tanta asneira de enfiada, outras fico supremamente irritado, chamo até a família para ver e juntos partimos o coco sem piedade. Isto acontece quando me aparecem, por exemplo, «poetas», «escritores», «pintores», etc. (toda uma panóplia) que metem lá abaixo o tradicional sinalzinho dos direitos de autor.

E fazem, por vezes, grandes rezas: deve contactar o autor e ele fará o favor de lhe conceder o direito (pago ou de borla com referência, depende) para reproduzir aquela trampa que ele lá colocou. Já perceberam que isso me irrita daí o palavrão...

Ora, nestes casos eu pergunto-me a mim mesmo quem me paga a mim o tempo perdido a ler ou a ver tamanhas trampas? Para além da gargalhada acho que mereço uma maior compensação...breve, democracia sim, toda a gente tem o direito de escrever ou publicar aquilo que entende, da forma que sabe (até tem uma componente terapêutica), mas reservar direitos de autor para essas coisas?

Francamente...

(Sem direitos de autor)

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