Estado aliena a Tobis
Entretanto, os trabalhadores da Tobis têm os salários em dia, tendo a administração do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) garantido ao representante dos trabalhadores que o mesmo acontecerá no mês de Fevereiro. Tiago Silva disse que a situação na Tobis é consentânea com as garantias que a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, deu aos trabalhadores quando visitou as instalações da empresa em meados de novembro de 2010. O representante dos trabalhadores acrescentou que espera agora que o comprador da Tobis esteja ligado à área e que mantenha o ramo de actividade da empresa, a mais antiga produtora de cinema em Portugal. Alguns trabalhadores da Tobis cumpriram a 15 de Novembro um dia de greve contra a situação de "incerteza" sobre o futuro da mais antiga produtora de cinema em Portugal. Na altura, tinham o salário de Outubro e o subsídio de férias em atraso. No mesmo dia concentraram-se frente ao ICA, organismo que tutela a empresa. A greve foi mantida mesmo depois, de três dias antes, a ministra da Cultura ter visitado as instalações da Tobis e ter garantido aos trabalhadores que a situação salarial ficava regularizada até ao final de Dezembro. A Tobis conta com 56 trabalhadores depois de uma dezena ter abandonado a empresa devido às dificuldades financeiras que esta atravessa. Alguns dos trabalhadores têm mais de 20 anos de vínculo à casa. O Estado é detentor de 96,4% do capital da empresa. A situação da Tobis agravou-se depois de, em Junho de 2010, o director do ICA, José Pedro Ribeiro, ter anunciado na Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura que o Estado pretendia alienar o capital social que detinha na empresa. (ES)
|
Sem comentários:
Enviar um comentário